segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Andando

Andando por ruas
Desconhecidas,
Na sua triste agonia,
O que se via,
Na sua melancolia;
Era que nada tinha,
E que tudo sumia
Por entre ruas frias.

sábado, 12 de setembro de 2009

O IMPERIALISMO

Economia política: uma introdução crítica¹
Capítulo 8


O IMPERIALISMO

O autor nos diz que na segunda metade do século XX, teóricos de distintas posições políticas, mas vinculadas à tradição inaugurada por Marx, aprofundaram investigações visando compreender fenômenos e processos ocorrentes na sociedade capitalista que não tinham sido analisados pelo autor de “O Capital”. Assim nenhuma delas havia retirado a sua estrutura essencial; mas todas confluíam para configurar um novo estágio na história do capitalismo, a que se denominou imperialismo.
Capital, é relação social e as relações sociais são, antes de mais nada, relações de essência histórica: são mutáveis, transformáveis. Resultantes da ação dos homens, exercem sobre eles pressões e constrangimentos, acarretam efeitos e conseqüências que independem da sua vontade; mas, igualmente, são alteráveis e alteradas pela vontade coletiva e organizada das classes sociais. Mobilidade e transformação constituem o capitalismo.
A burguesia nasce dos grupos mercantis que acumularam grandes capitais comerciais, afirmando-se como classe que tem na mãos o controle das principais atividades econômicas e confronta-se com os privilégios da nobreza fundiária da época. Assim o capitalismo vai se consolidar no principais países da Europa Ocidental, nos quais erradicará ou subordinará à sua dinâmica as relações econômicas e sociais pré-capitalistas, e revelará as suas principais características estruturais.
Sobre a base da grande industria, que provocará um processo de urbanização, e êxodo rural sem precedentes, o capitalismo concorrencial criará o mercado mundial( o inicio da globalização), os países mas avançados buscarão matérias primas brutas e primas nos lugares mais afastados do globo e inundarão todas as partes do planeta com suas mercadorias produzidas em larga escala. A caracterização desse estágio como concorrencial explica-se em função das relativamente amplas possibilidades de negócios que se abriam aos pequenos e médios capitalistas.
Uma vez controlados os mercados dos seus próprios países, as gigantescas empresas monopolistas tratam de ganhar mercados externos, é nesse momento que elas se associam a empresas similares de outros países capitalistas de forma a selecionar ares de atuação.
Entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a passagem dos anos sessenta e setenta, o capitalismo monopolista viveu uma fase única em sua história, fase que alguns economistas designam como os “anos dourados”. Foram quase trinta anos em que o sistema apresentou resultados econômicos nunca vistos, e que não se repetiram mais, as crises não foram suprimidas, mas seus impactos foram diminuídos pela regulação posta pela intervenção do Estado, e sobre tudo, as taxas de crescimento mostraram-se muito significativas.
Vimos então que o Estado passou a se inserir como empresário nos setores básicos não-rentáveis, a assumir o controle de empresas capitalistas em dificuldades, a oferecer subsídios diretos aos monopólios e a lhes assegurar expressamente taxas de lucro.
Mas o capitalismo democrático não foi mais que um breve episódio no desenvolvimento, na passagem dos anos sessenta aos setenta do século XX, ele entrou em crise e mecanismos de reestruturação foram implementados pela burguesia monopolista, revertendo as conquistas sociais alcançadas no segundo pós-guerra.

1) Netto, J.P. e Braz, M. Economia Política – uma introdução crítica. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2007, PP. 168-209.

domingo, 30 de agosto de 2009

A Educação para além do capital¹


O autor nos diz que no final de tudo se reduziria a relações de poder nuas e cruas, impostas com extrema brutalidade e violência nos primórdios do desenvolvimento capitalista, independentemente da forma como elas eram racionalizadas nos “primeiros anais da economia política”, conforme as palavras de Marx. Assim não podem funcionar adequadamente exceto se estiverem em sintonia com as determinações educacionais da sociedade como um todo.
Aqui a questão crucial, sob o domínio do capital, é assegurar que cada individuo adote como suas próprias as metas de reprodução objetivamente possíveis do sistema. Em outras palavras, no sentido amplo do termo educação, trata-se de uma questão de internalização pelos indivíduos.
Todavia, ao internalizar as onipresentes pressões externas, eles devem adotar as perspectivas globais da sociedade mercantilizada como inquestionáveis limites individuais a suas aspirações pessoais, ou seja , tornar-se “alguém” para a conquista de um espaço na sociedade capitalista.
Uma das funções principais da educação formal nas nossas sociedades é produzir tanta conformidade ou consenso quanto for capaz, a partir de dentro e por meio dos seus próprios limites institucionalizados e legalmente sancionados.A aprendizagem é, verdadeiramente, a nossa própria vida.
Portanto, desde o inicio o papel da educação é de importância vital para romper com a internalização predominante nas escolhas políticas presentes à legitimação constitucional democrática do Estado capitalista que defende seus próprios interesses.
A nossa época de crise estrutural global do capital é também uma época histórica de transição de uma ordem social existente para outra, qualitativamente diferente. Essas são as duas características fundamentais que definem o espaço histórico e social dentro do qual os grandes desafios para romper a lógica do capital, e ao mesmo tempo também para elaborar planos estratégicos para uma educação que vá além do capital, devem se juntar.
Portanto a educação é o meio modificador de uma sociedade, para transformar um país, ou o individuo em ser pensante e crítico do seu tempo, não ficando oprimido pelo mercado capitalista e relações marginais.



1) Meszários, I. Educação para além do capital; tradução Isa Tavares. São Paulo: Bomtempo Editorial,2005, PP 19-77.

sábado, 15 de agosto de 2009

Objeto não identificado



Objeto não identificado cruzando o céu, numa manhã de quarta-feira. O que será?

sábado, 25 de julho de 2009

Educação como capital humano: uma teoria mantenedora do senso comum¹

O autor nos mostra que a teoria do capital humano é um movimento que guarda em seu interior um caráter circular. Assim o conceito de capital humano que a partir de uma visão reducionista busca elementos para explicar o desenvolvimento e eqüidade social, e como teoria de educação, segue um caminho de investigação, neste sentido depreende-se que o determinante: educação como fator de desenvolvimento e distribuição de renda, transforma-se em determinado: o fator econômico com explicação do acesso e permanência na escola, do rendimento escolar.
Do ponto de vista macroeconômico, constitui-se num desdobramento, um complemento do desenvolvimento econômico. O capital humano transforma-se num construtor básico da economia da educação. A educação, é o principal enquanto produtora de capacidade de trabalho, potenciadora do fator trabalho. Neste sentido é um investimento como qualquer outro.
“Do ponto de vista macroeconômico, o investimento no “fator humano” passa a significar um dos determinantes básicos para o aumento da produtividade e elemento de superação do atraso econômico. Do ponto de vista microeconômico, constitui-se no fator explicativo das diferenças individuais de produtividade e de renda e, conseqüentemente, de mobilidade social.”( Frigotto,p.41)
Como vimos anteriormente, a concepção do capital humano, tanto do ponto de vista do desenvolvimento econômico com da renda individual, é que a educação, é criadora da capacidade de trabalho. Um investimento marginal em educação permite uma produtividade marginal. O salário ou a renda é o preço do trabalho do individuo, produzindo mais, conseqüentemente ganhará mais. A renda, ou o salário, ou seja, os ganhos são individuais, e se não obtém esta renda , também é decisão do individuo, esta concepção surge na burguesia e do seu modo de produção.
A escola passa a ser determinante da renda, os ganhos futuros, de mobilidade social, assim a permanência nela e o seu desempenho são explicados pela renda e outros fatores que descrevem a situação familiar. É desta visão do capital humano que constitui-se em apologia da concepção burguesa de homem, de sociedade, e das relações que os homens estabelecem para gerar sua existência no modo de produção capitalista.
“Para a economia burguesa não interessa o homem enquanto homem, mas enquanto um conjunto de faculdades a serem trabalhadas para o sistema econômico possa funcionar como um mecanismo.”( Frigotto, p.58)
A desarticulação da concepção burguesa veiculada pela teoria do capital humano implica sair da visão de superficialidade e de pseudoconcreticidade, e voltar ao foco das relações sociais de produção especificas à sociedade do capital.

Conclusão

A teoria do capital humano visa superar a idéia de utilidade e voltar à idéia de valor-trabalho, onde a educação tem objetivo em superar a dificuldades e promover a igualdade de classes, pondo a lógica de mercado de fora das relações de trabalho especificamente para o lucro e a exploração do individuo, inserindo a coletividade como forma de relação inerente ao ser humano.

Bibliografia

1) Frigotto, G. A produtividade da escola improdutiva. 2ª edição. São Paulo: Cortez: Autores Associados. 1986, PP. 35-81.

sábado, 18 de julho de 2009

Pensar

Pensar sobre, seja sobre alguém ou algo, nos leva a um exercício mental, demanda tempo,mas é o que move o mundo. Veja se o ser humano não tivesse essa capacidade não teríamos a roda, o controle remoto, os remédios entre outras coisas.
Pensar e executar é isso que nos move.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Escrever

Escrever é liberdade!
Seja no papel, num blog, na escola, ou em outros espaços, constitui um modo de expressar sua liberdade, de expor suas idéias, sejam boas ou não. Quem escreve uma história fictícia ou pessoal, crítica algo ou alguém, põe o amor em palavras, escreve a vida.
As possibilidades são infinitas, criar palavras, dialogar com o subjetivo, com o outro, transformar idéias em teorias, palavras em conforto.
Escrever é ter um mundo em suas mãos.

domingo, 26 de abril de 2009

Atlético Mineiro (Galo)

O Atlético Mineiro(Galo) hoje não jogou contra o Cruzeiro a metade que jogou contra o Guaratinguetá. Diante de um oponente à sua altura mostrou sua fragilidade, e que ainda precisa de reforços para o meio de campo e para a zaga. Mas não é só isso, o time hoje não jogou com raça, com amor, no segundo tempo estavam todos apáticos, e mais, dois jogadores expulsos, e não adianta culpar a arbitragem que não atrapalhou em nada, estiveram isentos.
Na quarta-feira o Galo pega o Vitória, e se jogar este futebol do segundo tempo de hoje, será desclassificado.
Deus salve o Atlético!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Trânsito

Hoje acordei atordoado, após um feriadão, pensei que era segunda-feira, mas não era!
Era quarta-feira, o trânsito as sete horas da manhã estava parado, estático; uma formiga tropeçou no asfalto...
Os carros se assustaram, pararam, as pessoas nos ônibus "latas de sardinha" não conseguiram ver o caos, só o setiam, o calor os faziam sentir mal. Isto numa bela manhã de quarta-feira, onde o preço da modernidade e do conforto era alto. Alto como o sol que queimava o asfalto, a formiga,os carros e os ônibus.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Somos perfeitos?

Matamos o semelhante, seja estranho ou próximo, não só morte corporal, mas também lhes tiramos os direitos básicos de sobrevivência. Temos a incrível capacidade de ignorar o que não nos serve, ou pensamos que não.
Lutamos, trabalhamos para ter dinheiro e gastamos quase a vida inteira para tê-lo, e quando o temos, já quase no final da vida o empreendemos numa tentativa vã de recuperar a saúde, e a juventude perdida em prol de vil metal.
Queremos a perfeição: física, bancária, status, mas não há honestidade, solidariedade, caracter, e humanidade. Somos capazes se produzir aviões que rompem a barreira do som, trens bala, remédios para curar doenças terríveis, criamos monstros nucleares, fome, miséria e aquecimento global, mas não conseguimos dar remédio para a alma, para a dor da solidão, da perda, do desespero; para mães que perdem seus filhos para o tráfico.
Somos canibais de nós, é isso mesmo, devoramos tudo que nos pertence, tudo que é eu.
Assim deixo a seguinte questão para que reflitamos sobre nossa condição:
Somos perfeitos?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Heaven & Hell


Heaven & Hell se apresenta pela primeira vez em Belo Horizonte

Capital mineira inicia turnê do novo projeto dos integrantes do Black Sabbath, que inclui quatro cidades brasileiras.

Os míticos integrantes do Black Sabbath desembarcam em Belo Horizonte no mês de maio com novo projeto, batizado de Heaven & Hell. Tonny Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo), Ronnie James Dio (vocal) e Vinnie Appice (bateria) mostrarão aos mineiros, em primeira mão, o álbum The Devil You Know, segundo da nova formação, além de lendários hinos do Sabbath.

De Beagá, a trupe seguirá para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Com lançamento previsto para final de abril, The Devil You Know será o primeiro do quarteto em estúdio desde Dehumanizer, lançado em 1992, ainda pelo Black Sabbath - considerado o grupo mais influente de todos os tempos ou ainda, ”os Beatles do heavy metal“, de acordo com a revista Rolling Stone.

O projeto que originou Heaven & Hell teve início em 2006, quando o vocalista Ronnie James Dio e o guitarrista Tonny Iommi se reuniram para gravar a compilação Black Sabbath – The Dio Years, lançada em abril de 2007, com músicas dos três álbuns do grupo e três faixas inéditas compostas pela dupla. Com o sucesso do álbum, Iommi – considerado o guitarrista ícone do metal - anunciou a turnê mundial do Heaven & Hell. No mesmo ano, foi lançado o disco ao vivo Live from Radio City Music Hall. Com a repercussão do público, eles entraram no estúdio para gravar The Devil You Know.

De acordo com Tonny Iommi, apesar de Heaven & Hell reunir quatro membros da mesma geração do Black Sabbath, do qual ele ainda faz parte junto com o baixista Geezer Butler, se trata de uma nova banda, por isso a necessidade de um nome inédito. ”Heaven and Hell“ é título de um dos CDs do Sabbath, lançado na década de 80. Ronnie James Dio Dono de voz potente e estilo inconfundível, o norte-americano de origem italiana Ronnie James Dio é uma lenda viva do rock. Muitos o consideram responsável pela popularização do símbolo do heavy metal: o famoso cumprimento de dedos levantados em forma de chifre, que os roqueiros fazem ao ouvir um bom som. Substituiu Ozzy Osbourne no Black Sabbath, gravando os álbuns Heaven and Hell (1980), Mob Rules (1981), Live Evil (1982). Deixou o grupo por um tempo, retornando mais tarde para gravar Dehumanizer (1992) – quando fundou sua própria banda, com o nome Dio, que esteve no Brasil em 2006.

Tony Iommi
Fundador e dono da marca Black Sabbath e considerado o ”pai“ do heavy metal, o guitarrista Frank Anthony ”Tony“ Iommi marcou a história do rock com um estilo único, composições e riffs que influenciaram diversas gerações de artistas e grupos. O som de sua guitarra tem uma origem curiosa. Aos 17 anos, Tony perdeu as pontas dos dedos médio e anelar da mão direita em acidente no último dia de emprego na fábrica onde trabalhava. Pensou em abandonar a carreira musical ainda incipiente, mas foi encorajado a continuar por seu chefe, que lhe mostrou como o guitarrista de jazz Django Reinhardt havia se tornado um ícone da música mesmo sofrendo limitações no movimento de uma das mãos. Ele então desenvolveu uma espécie de dedal com acabamento em couro para completar os dedos ausentes, usou cordas mais macias e mudou a afinação da guitarra de mi para dó sustenido. A sonoridade sombria e distorcida conseguida com as mudanças acabou se tornando marca do grupo e base do estilo que viria a ser conhecido como heavy metal. Tony tocou em algumas bandas no começo da carreira até conhecer Bill Ward, Ozzy Osbourne e Geezer Butler, com quem viria a formar o Earth, mais tarde o renomeado Black Sabbath. Discografia 2007 – Live from Radio City Music Hall 2009 – The Devil You Know

domingo, 5 de abril de 2009

Noite

Noite que abriga desejos infinitos,
de homens sedentos.
Noite maravilhosa de amores
ardentes, de perigos múltiplos.
Oh, noite fria traga-me a lua,
deixe-me ver as estrelas.
Noite de amores ardentes,
quero ficar bêbado de desejo.
Oh, noite reflita os meus
desejos fervorosos neste
coração sombrio.

quinta-feira, 26 de março de 2009

O conceito de pessoa

"...cada ser humano é unico,mas, ao mesmo tempo, todos somos pessoas, o que equivale a dizer que há uma estrutura comum a todos.Pessoa é um termo que indica o ser humano na integralidade de suas dimensões:corpórea, psiquica e espiritual.Funcionando como unidade e totalidade, essas dimensões estão presentes sempre e em qualquer circunstância em que esse ser esteja colocado."(Assis,2008,p.57)

quarta-feira, 25 de março de 2009

O sonho

Julia e seus filhos, Ruan e Gabriel de 6 e 9 anos, haviam se mudado para uma casa que herdaram de uma tia, na cidade de Rorum, um lugar frio e de poucos habitantes. A casa passara de geração em geração, como num ritual. Ao chegarem estranharam aquela construção em estilo gótico e muito antiga, nesta mansão de muitos cômodos e móveis rústicos, também encontram o mordomo Austin, senhor de idade avançada que servira a família por anos.

Era inverno na pequena cidade, que em boa parte do dia ficava encoberta pela neblina nesta época do ano.

Júlia fora tomar banho após uma inspeção na casa. Durante o banho ouviu um barulho, como se alguém estivesse andando pelo banheiro, ela resolveu verificar, mesmo com medo, e um vulto passou quase imperceptível aos seus olhos, logo fechou o registro do chuveiro, se enrolou na toalha e saiu às pressas em direção ao quarto de seus filhos.

Chegou ofegante e disse:

_Vocês escutaram?

_O que mamãe?

_Os passos.

_Que passos, mamãe?

_Deixe para lá, deve ser minha mente, e também estou muito cansada por causa da mudança, e esta casa estranha...

Na noite seguinte em conversa com o mordomo, durante o jantar, Júlia pergunta a Austin, se ele ouviu algo estranho, e ele responde:

_Não senhora, deve ser a sua imaginação.

Depois do jantar foram dormir. Novamente Júlia ouve os passos, agora nas escadas que levavam aos quartos dos seus filhos, ela corre para ver o que era, abre a porta dos aposentos de seus filhos e vê uma velha à beira da cama, chorando, Júlia grita num ato desesperado, mas ninguém a escuta. A velha diz:

_Não adianta, eles não podem te ouvir.

_Júlia tenta acordar seus filhos, ela os balança, mas não há resposta alguma.

_Não adianta, eles estão mortos.

E a voz da velha continua repetindo a mesma frase: _ Não adianta, eles estão mortos.

Uma mão toca Júlia na cabeça, e ela acorda desesperada no CTI de um hospital, após uma semana em coma, devido a um acidente de carro, onde estavam seus dois filhos, que não sobreviveram, e ao saber chorou. Disseram no hospital que um homem alcoolizado, e alta em velocidade bateu de frente no carro em que estavam, seu nome era Austin estava acompanhado de sua mãe, os dois morreram.

domingo, 22 de março de 2009

O Ataque

Numa manhã de quarta-feira pai e filho caminhavam pelo bairro onde moravam, era uma primavera de flores estonteantes, de céu limpo. Estavam indo a padaria buscar o pão para o café da manhã . Durante o caminho conversavam:
_Pai olhe o céu.
_Que lindo é o céu meu filho.
_É pai, um azul divino!
_Olhe pai os aviões, tantos, e como fazem barulho.
_Corra, corra meu filho.
_O que está acontecendo?
_São eles...
_Eles quem pai?
E antes que seu pai pudesse responder as bombas caem, ouve-se um barulho ensurdecedor, e logo após o silêncio, tão triste que os ouvidos doíam.
_Pai, olhe pai, o céu...
_ Olhe pai o azul divino.
_Pai, pai...
Então naquela manhã começou a guerra, e a primavera ficou marcada pelo ataque aéreo que devastou uma cidade inteira. Sobreviveram poucos habitantes, e o garoto que acompanha seu pai até a padaria nunca se esqueceu do céu, dos aviões e do seu pai que o salvara das bombas ao atirar-se por cima dele.

domingo, 15 de março de 2009

Pensar


Ouvi teu pensamento,

mas não senti teu coração.

Teu corpo imóvel,

teus olhos imersos na escuridão,

lembravam a morte,

mas você não estava morto.

Teu pensamento era tão alto,

que incomodava todos ao redor.

E ele era um só: liberdade!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Reflexão

Queremos o mundo, pois nossas necessidades pessoais e materiais nos levam a isso, um tanto condicionados pela mídia, mas será que é o que realmente necessitamos. Temos carros potentes, computadores de última geração, casas inteligentes, mas temos amor?
E o que é realmente importante, se destruimos o mundo com toda nossa inteligência e capacidade de transformação?

terça-feira, 10 de março de 2009

Dia-a-dia

Hoje pensa-se muito em trabalho, mas que trabalho é este?
Massante, com salários minímos, pouca expectativa, entre outros.
Nossa sociedade vive dele e para ele. Penso em como nos libertarmos, como fazer com que tenhamos lazer. Pensem...