sábado, 25 de julho de 2009

Educação como capital humano: uma teoria mantenedora do senso comum¹

O autor nos mostra que a teoria do capital humano é um movimento que guarda em seu interior um caráter circular. Assim o conceito de capital humano que a partir de uma visão reducionista busca elementos para explicar o desenvolvimento e eqüidade social, e como teoria de educação, segue um caminho de investigação, neste sentido depreende-se que o determinante: educação como fator de desenvolvimento e distribuição de renda, transforma-se em determinado: o fator econômico com explicação do acesso e permanência na escola, do rendimento escolar.
Do ponto de vista macroeconômico, constitui-se num desdobramento, um complemento do desenvolvimento econômico. O capital humano transforma-se num construtor básico da economia da educação. A educação, é o principal enquanto produtora de capacidade de trabalho, potenciadora do fator trabalho. Neste sentido é um investimento como qualquer outro.
“Do ponto de vista macroeconômico, o investimento no “fator humano” passa a significar um dos determinantes básicos para o aumento da produtividade e elemento de superação do atraso econômico. Do ponto de vista microeconômico, constitui-se no fator explicativo das diferenças individuais de produtividade e de renda e, conseqüentemente, de mobilidade social.”( Frigotto,p.41)
Como vimos anteriormente, a concepção do capital humano, tanto do ponto de vista do desenvolvimento econômico com da renda individual, é que a educação, é criadora da capacidade de trabalho. Um investimento marginal em educação permite uma produtividade marginal. O salário ou a renda é o preço do trabalho do individuo, produzindo mais, conseqüentemente ganhará mais. A renda, ou o salário, ou seja, os ganhos são individuais, e se não obtém esta renda , também é decisão do individuo, esta concepção surge na burguesia e do seu modo de produção.
A escola passa a ser determinante da renda, os ganhos futuros, de mobilidade social, assim a permanência nela e o seu desempenho são explicados pela renda e outros fatores que descrevem a situação familiar. É desta visão do capital humano que constitui-se em apologia da concepção burguesa de homem, de sociedade, e das relações que os homens estabelecem para gerar sua existência no modo de produção capitalista.
“Para a economia burguesa não interessa o homem enquanto homem, mas enquanto um conjunto de faculdades a serem trabalhadas para o sistema econômico possa funcionar como um mecanismo.”( Frigotto, p.58)
A desarticulação da concepção burguesa veiculada pela teoria do capital humano implica sair da visão de superficialidade e de pseudoconcreticidade, e voltar ao foco das relações sociais de produção especificas à sociedade do capital.

Conclusão

A teoria do capital humano visa superar a idéia de utilidade e voltar à idéia de valor-trabalho, onde a educação tem objetivo em superar a dificuldades e promover a igualdade de classes, pondo a lógica de mercado de fora das relações de trabalho especificamente para o lucro e a exploração do individuo, inserindo a coletividade como forma de relação inerente ao ser humano.

Bibliografia

1) Frigotto, G. A produtividade da escola improdutiva. 2ª edição. São Paulo: Cortez: Autores Associados. 1986, PP. 35-81.

sábado, 18 de julho de 2009

Pensar

Pensar sobre, seja sobre alguém ou algo, nos leva a um exercício mental, demanda tempo,mas é o que move o mundo. Veja se o ser humano não tivesse essa capacidade não teríamos a roda, o controle remoto, os remédios entre outras coisas.
Pensar e executar é isso que nos move.